Nuno Vaz, presidente da Câmara de Chaves, fala num novembro “crítico” e “muito difícil”, que levará à perda da capacidade de resposta nas unidades de pediatria, ortopedia e na área cirúrgica, o que poderá levar à total suspensão do sistema de urgências do Hospital.
Na passada segunda feira, após uma reunião pedida por Nuno Vaz, o autarca ficou a conhecer de perto as graves fragilidades que se evidenciam no Centro Hospitalar de Chaves, tendo afirmado que o objetivo da mesma reunião passava por “perceber se de facto, este risco que se dizia existir, se se verificava ou não”, declarando perante os jornalistas que efetivamente existe um fraco nível de resposta do Centro Hospitalar nestas unidades de saúde, mostrando bastante intranquilidade e insatisfação.
Contudo, afirma que “até sexta-feira estarão à procura de todas as soluções disponíveis” passando pela tentativa de “mobilização de recursos, sobretudo de médicos”, porém, referindo-se também ao problema como algo a nível nacional, assevera que “é evidente que a solução não vai existir”.
Após a reunião foi publicado um comunicado pela Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso a solicitar com urgência uma reunião com o Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, e com o Diretor Executivo do SNS, Fernando Araújo, com o intuito de discutir “o estado atual das respostas de saúde existentes no território”.
Todavia, foi também agendado uma vigília de protesto que envolve as populações dos Municípios de Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira da Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar junto à Unidade Hospitalar de Chaves para o próximo sábado, dia 28, levando já à adesão de deputados do Partido Socialista da região a esta manifestação, onde em comunicado “expressam a sua preocupação com a degradação dos serviços de saúde prestados nesta unidade hospitalar motivados pela notória falta de médicos, razão pela qual irão questionar o Ministro da Saúde, solidarizando-se com todas as manifestações democráticas que se venham a realizar”.
Este é um assunto que já há muito tem dado problemas a esta região, sendo várias as vezes este ano que esta Unidade de Saúde se encontrou fechada ou com os serviços mínimos, tendo a última ocorrido desde logo em outubro, na primeira semana do mês. Deste modo, foi pedido aos quase 100 mil utentes que se deslocassem por sua vez às urgências do Hospital de Vila Real, o que deverá novamente acontecer durante o próximo mês, o que poderá levar também ao esgotamento e à exaustão desta unidade.
Ângelo Magalhães
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