Após nova avaliação pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, esta voltou a aplicar a mesma medida que estava em vigor desde 16 de agosto, mantendo-se até 31 de outubro.
Com o objetivo de controlar os preços de venda das botijas de gás, botijas “de 12,5 kg ou 13 kg de butano não podem custar mais que 27,66 euros ou 28,77 euros, respetivamente”. Assim como, as garrafas de GPL propano com 9 kg e 11 kg ficam também limitadas a 23,27 e a 28,44 euros, respetivamente, enquanto as de 35 kg e 45 kg passam a ter preços máximos de 82,74 euros e 103,38 euros.
Tal decisão da ERSE originou um protesto por parte dos revendedores de combustíveis, a Anarec (Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis). Surpreendida e indignada, a associação comunica que “contra todas as expectativas e tendências reais do mercado, a ERSE baixou os preços máximos do GPL em garrafa”, quando, “ainda esta semana, a Galp [dona da única refinaria portuguesa e líder de mercado] subiu o preço de venda das garrafas de gás butano aos revendedores, em cerca de 7,20%”.
A Anarec acrescenta que a fórmula usada para calcular o preço máximo de venda ao público não corresponde à realidade do mercado nacional pois, em vez de considerar os valores dos preços publicados pela Platts, a ERSE guia-se pelos valores publicados pela Argus Media, sendo tais entidades distintas de reporte de preços. Considerando a medida uma ameaça para a “rede de revenda a nível nacional”, defendem que devem terminar, urgentemente. Para isso, acrescentou que vai pedir para agendar reuniões “com carácter de urgência” ao Secretário de Estado da Energia, à ERSE e à Autoridade da Concorrência.
Texto: Melissa Lima
Imagem: DR