O festival Douro Jazz está de regresso em 2022 e decorre entre os dias 4 e 15 de outubro. Repartido por seis datas, o festival conta com atuações variadas e artistas internacionais no Teatro Municipal de Vila Real.
A primeira atuação fica a cargo do guitarrista norte-americano Stanley Jordan, considerado “um dos 10 melhores guitarristas de Jazz vivos”, a 4 de outubro. Jordan ganhou notoriedade com o álbum Magic Touch (1985), com a técnica “tapping” e com as interpretações, ao longo dos anos, de Michael Jackson, The Beatles e mais recentemente de Jimi Hendrix. O guitarrista foi nomeado, durante a sua vasta carreira, para quatro prémios Grammy.
O segundo evento do festival está marcado para o dia 7 de outubro e consiste numa mistura de sonoridades bastante arrojada. O quarteto de Isabel Ventura interpretará “Nun me Lhembra de Squecer” – álbum de 2022 que nasceu do casamento de sonoridades Jazz com a língua mirandesa. A artista nasceu em Bragança, vive na cidade do Porto, mas é nas terras mirandesas e na língua tradicional que sente, devido à infância em casa dos avós, uma conexão emocional. Para além da carreira com mais de uma década no Jazz, Isabel Ventura esteve ligada a vários grupos “clássicos” portugueses, como: Trabalhadores do Comércio, Pedro Abrunhosa e GNR.
Segue-se, logo um dia depois, a atuação de L.U.M.E. – Lisbon Underground Music Ensamble, dirigida por Marco Barroso. L.U.M.E. é um conjunto de 15 instrumentistas e respira a tradição e modelo de “Big Band”, composta por músicos de jazz e música erudita. Se o formato é tradicional, não se espere que a sonoridade o seja, isto é, nesta orquestra de Jazz podem-se esperar momentos “dramáticos” e “irónicos” que vão desde as linguagens mais eruditas até ao rock.
Na quarta-feira, dia 12 de outubro, o formato “quarteto” regressa ao palco do Teatro, desta vez liderado por Miguel Ângelo. Em promoção do disco de 2021 – “Dança dos Desastrados” – o quarteto do contrabaixista Miguel Ângelo traz a Vila Real o seu terceiro álbum, que representa o crescimento natural do conjunto. Este álbum é para ser dançado, até para os mais “desastrados”.
No penúltimo dia do Douro Jazz, a 14 de outubro, a programação junta a Orquestra de Jazz do Douro com o trio de vozes Elas e o Jazz. A programação do festival desafia as três vozes das amigas e cúmplices Joana Machado, Marta Hugon e Mariana Norton – que se conheceram na escola Hot Club – a juntarem as suas interpretação dos musicais de Broadway e dos clubes de jazz de Nova Iorque com a Big Band duriense dirigida pelo maestro Válter Palma.
O festival fecha dia 15 de outubro com a atuação do sexteto do contrabaixista Bernardo Moreira. Neste concerto, o conjunto irá interpretar o álbum do ano passado “Entre Paredes”, inspirado no guitarrista Carlos Paredes.
O Douro Jazz regressa com estas seis atuações entre os dias 4 e 15 de outubro para celebrar a 17ª edição do festival.
Pedro Esteves
Imagem: Teatro de Vila Real