No dia 18 de fevereiro do presente ano, a Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro veio a público e fez um comunicado acerca da alteração das datas, anteriormente estipuladas. A missa da Queima foi adiada para o dia 24 de abril, visto que, no dia 23, serão celebrados os cem anos da Diocese de Vila Real. No dia 25, será realizado o cortejo da Queima.
No seu comunicado, a Associação admite compreender que isto venha a afetar a logística, anteriormente planeada pelos alunos e pede, aos restaurantes, a colaboração e o facilitamento no adiamento das reservas. “Sabemos que uma alteração nas datas de um evento causa sempre transtorno para quem já tinha preparado alguma logística. Contudo, com a antecedência com que avisamos, não acreditamos que as famílias e amigos não se consigam adaptar. Também não contávamos com os 100 anos da diocese e rapidamente procuramos uma solução e comunicamos à academia para que todos pudessem encontrar alternativas. Mas, obviamente, compreendemos todos os comentários e já contávamos que acontecesse.”, disse Maria Ferreira, presidente da AAUTAD, após ser questionada sobre comentários feitos nas redes sociais da associação.
A associação desculpou-se, também, pelo ocorrido e pediu a todos compreensão, garantindo a sua entrega na realização do evento.
Quando questionada acerca de um possível comprometimento da qualidade da Queima, devido à mudança de datas, a presidente acrescentou: “Penso que a falta de qualidade e o adiamento não podem ser associados! No ano passado, fomos obrigados a adiar esta mesma cerimónia devido ao aumento de casos de COVID-19 e acho que a qualidade das cerimónias e a organização foram exemplares. Arrisco-me mesmo a dizer que foram das melhores dos últimos anos. […] Quando estamos à frente de organizações como a de uma Semana Académica, que engloba muitos eventos, noturnos e diurnos, muita logística e em que toda a organização passa pela vontade de um grupo de alunos de fazer o melhor possível, o que mais há são mudanças de planos! Acho que a qualidade está mais depressa ligada à capacidade de saber adaptar, reagir e colocar em prática soluções rápidas. Digo isto muitas vezes à equipa da AAUTAD e tenho a certeza de que esta equipa, que tomou posse no passado dia 2 de fevereiro, será capaz de organizar um evento com qualidade.”
Disse, ainda: “Por enquanto não há grandes informações que possa adiantar. Anunciamos já a data do cortejo que se realizará do dia 25, o que permite que os estudantes possam começar os preparativos para o mesmo e as suas famílias também se possam organizar para assistir.
De resto, quem tem estado atento à atividade da AAUTAD sabe que este evento vai ser num local diferente e será comunicado assim que possível. Procuramos assegurar que esta alteração seja a melhor para todos, mas obviamente, e tal como já tinha referido, uma mudança provoca sempre críticas, principalmente quando sabemos que não há um local tão bem localizado como o anterior. Já há muitos anos que há o alerta que teríamos de sair daquele sítio e, este ano, com a construção dos prédios junto ao parque de estacionamento, é mesmo altura de arranjar a alternativa. Estamos certos de que esta será a melhor que conseguirmos e, assim que possível, comunicaremos as datas da semana, o local, os artistas e muito mais! Vamos continuar a ser um grupo de estudantes a preparar uma festa para estudantes e, por isso, faremos sempre o melhor para todos, garantido, obviamente o equilíbrio financeiro da instituição.”
A Queima das Fitas da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro regressa, portanto, dia 24 de abril e será, segundo a presidente da entidade organizadora, Maria Ferreira, “um regresso da semana académica como todos merecemos”.
Diogo Linhares
Imagem: AAUTAD