PS e CDS PP divergem sobre modelos para a saúde e educação

PS e CDS PP divergem sobre modelos para a saúde e educação

António Costa, líder do PS, e Francisco Rodrigues dos Santos, líder do CDS PP, estiveram em debate no dia 9 de janeiro, domingo, no âmbito das eleições legislativas.

Os dois foram mostrando visões muito distintas em relação à área da saúde, à escola pública, e ao desempenho económico do governo.

A conversa teve início com o reconhecimento da falha de cada português não ter o seu médico de família, pela parte de António Costa. Ainda assim, o líder socialista garantiu que vai tentar cumprir com o que prometeu: “Nós não desistimos de que todos os portugueses tenham o seu médico de família”. O mesmo referiu ainda, que um dos seus compromissos é localizar médicos de família nas zonas mais carenciadas do país.

Pelo seu lado, Francisco Rodrigues dos Santos falou sobre as filas de espera no SNS, nomeadamente nos serviços oncológicos e de cirurgias, acusando o PS de colocar as ideologias à frente dos utentes.

Os dois debateram sobre diferentes modelos de ensino. O líder do CDS PP defendeu que educação cívica deve ser uma disciplina facultativa, sendo que devem ser os pais quem decide se os filhos a frequentam. António Costa opôs-se, dizendo que a disciplina pretende transmitir os valores sagrados da constituição, e que estes devem ser conhecidos por todos os estudantes: “A constituição é o nosso pacto social de vida comum”.

Já na parte económica do debate, Francisco Rodrigues dos Santos disse que o desempenho do PS foi negativo, fazendo referência ao “aumento da dívida”, “diminuição do rendimento”, e “aumento da carga fiscal”. António Costa defendeu-se do ataque: “Sempre que a direita falou em choque fiscal o que fez foi aumentar impostos”.

Os dois líderes discutiram, ainda, ideias diferentes sobre como incentivar a natalidade por via fiscal.

O debate terminou com António Costa e Francisco Rodrigues dos Santos a divergirem em todas as ideias discutidas durante a emissão.

Micaela Costa