O presidente do PSD, Rui Rio, e o fundador do LIVRE, Rui Tavares, estiveram no frente a frente na RTP1. O debate foi feito por videoconferência nos estúdios do canal da RTP, no Porto e em Lisboa.
Os principais temas deste debate foram as diferenças no que toca à redução de impostos, o aumento de salários e a questão da governabilidade.
Em relação à redução dos impostos, Rui Rio já tinha anunciado que o PSD tinha a intenção de baixar os subsídios, e em relação às receitas, o líder do partido refere que “aquilo que é a nossa estimativa ao longo destes 4 anos é que em 2026 nós vamos ter mais 17.3 mil milhões de euros de receita motivado pelo crescimento do produto interno bruto”, logo de seguida, o líder refere o que o partido pretende fazer, referindo assim que o PSD “pega em 11,5% disso e dedica para a redução de impostos que são 2 mil milhões de euros, pega em 23% desse valor e dedica à redução do défice são 4 mil milhões de euros e pega em 65,5% desse valor são 11,3 mil milhões de euros que dedica ao crescimento da despesa”.
Como resposta, o presidente do Livre acrescenta: “Rui Rio disse num debate recente que não era crente, mas o programa do PSD acredita em milagres porque não é possível ter estas reduções de impostos e prometer algumas coisas que o programa promete, mas não diz como executa“. Rui Tavares em relação a essa baixa dos impostos menciona: “A baixa de impostos é uma consequência em alguns aspetos desejável, no IVA é desejável, no imposto que paga a família mediana é desejável neste caminho de desenvolvimento. Não se deve pôr o carro à frente dos bois”.
Em relação ao aumento dos salários mínimos, o governo sugere o aumento do salário mínimo para 900 euros até 2026, já o Livre pretende atingir os 1.000 euros. Rui Rio refere que o PSD quer fazê-lo, mas sem “nivelar por baixo”, pretendendo aumentá-lo com base no aumento da produtividade: “Se empresas tiverem de pagar esse salário mínimo nacional sem que a sua produção, os seus lucros, toda a sua atividade o justifique, aquilo que vai acontecer é que todos os demais salários não vão subir. E, portanto, nós estamos a nivelar por baixo”, refere o presidente do PSD.
Rui Tavares para justificar a ideia do partido Livre afirma: ”Nós tínhamos uma proporção do salário mínimo espanhol de cerca de 80%, agora vale 70%. Isto é um risco gravíssimo para a nossa economia (…) o que o Livre propõe é que façamos gradualmente, sempre com olho na inflação, um caminho de reaproximação dos 80% do salário mínimo espanhol”.
No debate, que decorreu na RTP1 e RTP3, os deputados discordaram na maioria dos assuntos mencionados. As legislativas decorrem a 30 de janeiro.
Milene Barros