Terminar ciclos pode ser um processo simples ou complexo, dependendo da forma como encaramos o desfecho e o que está por vir. Com o início deste novo ano, nada disto é diferente. Encaramos como um fardo ou como uma nova oportunidade para fazermos de outro modo tudo aquilo que nos incomodou e tudo aquilo nos fez infelizes durante todo este tempo.
Constantemente, desejámos tantas e tantas coisas, que acabámos por nos esquecermos daquilo que realmente importa e que faz sentido para nós. Será que demonstrámos amor suficiente perante todos aqueles a quem queremos bem? Será que fazemos o que acreditámos ou apenas nos contentámos com o que fazemos? Quando já está tudo dito e feito, será que dissemos mais do que aquilo que fizemos? Várias questões pairam na minha cabeça e eu sempre me mantive sem uma única resposta para elas. Talvez tudo isto seja confuso, mas a verdade é que, em muitos momentos da nossa vida, continuámos a insistir em coisas que já não nos fazem bem e é necessário mudar e recomeçar para que nos sintamos realmente confortáveis e satisfeitos. Não acham?
Aos poucos fui descobrindo que a resiliência é mesmo imprescindível. A resiliência e a capacidade de deixarmos de carregar às costas certos parasitas que nos atormentam a cada dia. Não se nasce forte, apenas aprendemos a sê-lo. Ainda assim, acreditei sempre que o poderia ser o tempo todo, mas claro que não deu… E doeu até na alma! Por isso aqui estou eu, a pedir todos os meus desejos (todos a que tenho direito, claro) e sem qualquer receio do que virá no futuro.
E tu, já pediste os teus?
Inês Silva