Ocorreu na passada segunda-feira, dia 29 de novembro, a inauguração de duas exposições, ambas referentes à arte da louça negra de Bisalhães, no Museu da Vila Velha.
As exposições “Mãos que Fazem Bisalhães” e “Traz, Zas, Taz – Vamos Ver Como o Oleiro Faz” têm como principal objetivo divulgar a arte que, há 5 anos, foi inscrita na Lista do Património Cultural Imaterial que Requer Medidas Urgentes de Salvaguarda da UNESCO, a louça negra.
Atualmente, existe um total de seis oleiros com atividade documentada, em Bisalhães. Na sua maioria, têm mais de 80 anos e contam com a ajuda das suas famílias para fazer as históricas peças de louça. São estes: Albano Carvalho, de 88 anos; Jorge Ramalho, de 53 anos; Querubim Rocha, de 79 anos; Manuel Martins, de 89 anos; Miguel Fontes, de 42 anos; Cesário Rocha, de 85 anos. Foram estes os nomes do evento, tendo sido expostas algumas peças destes artistas.
Nas palavras de Mara Minhava, Vereadora da Cultura, “Só há dois caminhos para perpetuar esta arte: Sensibilizando os mais jovens, […] ou através de formações. Pretendemos criar uma formação dentro da olaria […] Vamos formar oleiros! Vamos tentar levar estas mãos que fazem Bisalhães ao mundo!”
As exposições tiveram uma ótima afluência e contaram, também, com a atuação da Tuna de Bisalhães.
Com estas exposições, Bisalhães e a sua louça negra ganham um pouco mais de força e esperança.
Diogo Linhares
Imagem: Inês Monteiro