O filme foi exibido na passada terça-feira pelas 21h00, no Teatro de Vila Real e teve a duração de 89 minutos. O documentário de Tamara Kotevska e Ljubomir Stefanov tornou-se o mais premiado filme da edição de 2019 do Festival de Sundace. Obteve duas nomeações ao óscar da Academia enquanto “Melhor Documentário” e “Melhor Filme Internacional”.
A longa-metragem, rodada durante um período de três anos na Macedónia, retrata a história de Hatidze Muratova que vive com a sua mãe doente numa região montanhosa isolada, com a ausência de estradas, eletricidade e água corrente. Hatildze é a última apicultora da região que produz e vende mel, usando antigas tradições de apicultura. Quando uma família turca chega à região põe fim à sua solidão até que a mesma começa a desenvolver o interesse de vender o próprio mel. Toda esta conjuntura acaba por causar uma rutura na ordem natural e provoca um conflito com a personagem principal. Apesar da família anular o isolamento e a solidão de Hatidze, os seus próprios meios de sobrevivência também acabam por ser ameaçados com o novo negócio da família.
O filme estava previsto inicialmente para ser uma curta-metragem sobre a área do rio Brelgalnica, na Macedónia, mas quando os produtores encontraram a colmeia de abelhas e a apicultora, decidiram fazer uma nova abordagem.
Mélanie Monteiro
Fotografia: João Gomes
