Os alunos mostraram-se revoltados com o balanço relativo ao ensino à distância feito pelo reitor da UTAD.
Após António Fontaínhas ter afirmado, segundo a Universidade FM, que o ensino à distância é uma resposta que agrada não só às universidades, como aos alunos, muitos foram os estudantes que se revoltaram com tais afirmações, que dizem não corresponderem à verdade.
Pelo contrário, os alunos não consideram este método de ensino minimamente produtivo e a grande maioria sente-se prejudicada. Ignorados por alguns professores e contrariando as afirmações do reitor, os estudantes apontam os principais problemas:
“Há falhas na conexão à internet que não garantem uma experiência fluente e rentável, o sobrecarregamento de trabalhos provoca cansaço e esgotamento, os métodos de avaliação não estão a ser adaptados a este ensino à distância e o pagamento, pelo menos integral, de propinas, não faz qualquer sentido”.
A elevada assiduidade às aulas via internet, referida pelo reitor, assim como a possibilidade deste ensino à distância ser implementado no próximo ano parece ignorar as dificuldades com que alguns estudantes se deparam neste momento, por não possuírem um computador ou mesmo um serviço de internet em casa, pelo menos com a capacidade suficiente para suportar o que uma videoconferência exige.
Muitos estudantes afirmam pagarem propinas para serem autodidatas e que a sua aprendizagem se concretiza através de tutoriais no Youtube.
Importa referir que, dia 18 de maio, os alunos do 11º e 12º anos voltarão a ter aulas presenciais, mediante a adoção de medidas de contenção da COVID-19 como o distanciamento social e a generalização do uso de meios de proteção individual. Os grandes auditórios e espaços de dimensão considerável que a universidade possui ainda atribuem uma maior chance de manter a segurança de todos.
Fotografia: Salomé Ferreira