A expressividade do “Sítio”

A expressividade do “Sítio”

A interpretação de André Louro e Catarina Santana deu voz à peça “Sítio”, no pequeno auditório do Teatro Municipal de Vila Real, nos dias 21 e 22 de fevereiro.

A encenação da Companhia da Chanca retrata a história de um casal de idosos oriundos de uma aldeia do interior de Portugal. A chegada de um postal veio anunciar o nascimento do seu neto e remodelar completamente a vida destes cônjuges.

A chegada do neto fez com que os avós decidissem reunir numa caixa vários presentes para entregar na estação mais próxima, partindo assim numa grande caminhada. Neste percurso fazem uma viagem ao passado, recordando algumas memórias e vivendo novas aventuras.

O “Sítio”, um espetáculo sem rosto e sem voz. Mas com uma grande expressividade através do movimento corporal, no manuseamento dos objetos e na utilização de uma máscara. Deste modo, a utilização deste adereço significa a formação e a deformação de um indivíduo, num contexto de passagem da vida rural para a vida urbana.

O espetáculo durou cerca de 60 minutos e terminou com um diálogo entre os atores e o público sobre o tema abordado na encenação.

Renato Lameirão
Fotografia: O Torgador (Carlos Carvalhosa)