O Teatro Municipal de Vila Real, em 2017, continuou com a dinâmica que lhe tem garantido um lugar de prestígio no panorama das capitais de distrito nacionais, além do reconhecimento obtido no meio cultural português e junto do público. A diversidade, a intensidade e a qualidade da programação do teatro vila-realense são uma referência e têm contribuído de forma decisiva para a afirmação de Vila Real. Além disso, o ano viu reforçada a estratégia de programação, que tem como objetivo a apresentação de algumas novidades mais valorizadas e outras menos, como a produção de duas criações originais: “Vestígio” e “Barro”.
No início de cada novo ano há uma necessidade de analizar os planos futuros bem como as temporadas passadas, usando imagens e dados estatísticos. No ano anterioir, o Teatro de Vila Real (TVR) organizou e/ou acolheu mais de 280 eventos, entre programação própria (aproximadamente 200) e produções de agentes e instituições locais. No âmbito da programação realizada pelo próprio Teatro, realizaram-se 13 espectáculos de dança, 23 de teatro, 21 de teatro de rua e novo circo, 15 exposições, 30 sessões de cinema e mais de 60 concertos de vários géneros musicais, entre outros. Estes eventos conseguiram uma plateia do total de 48 mil espectadores e o Teatro recebeu ao longo do ano 245 mil visitantes. Graças a esta expansão no âmbito do desenvolvimento das artes e da cultura no Teatro Municipal, o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, em conferência de imprensa de balanço sobre a atividade desenvolvida afirmou julgar “que o teatro é indiscutivelmente a grande âncora na área das artes em todo o Interior Norte do país”.
Muitos artistas em ascenção tiveram oportunidade de expor o seu trabalho e o seu valor ao público vila-realense, em concertos isolados ou em ciclos e festivais. A dança teve, também, espectáculos das mais elevadas tendências e, ao mesmo tempo, uma boa mostra da produção portuguesa. Representaram-se também vários géneros de teatro. Houve as produções de teatro de rua, de novo circo do ciclo “Arruada”, de três produções do Teatro Nacional D. Maria II, espetáculos de companhias locais como: Peripécia, Filandorra e Urze e muitos outros.
De forma a manter a tradição, o TVR co-produziu e apresentou 16 projectos com artistas ou produtores locais. Assegurou-se também o habitual apoio a agentes regionais de diversas áreas, sob a forma de acolhimento de quase uma centena de eventos promovidos por associações, escolas e outras instituições do concelho.
Neste ano deu-se também continuidade aos festivais e ciclos mais antigos e mais recentes, sendo de destaque o primeiro festival de dança contemporânea do interior norte, o “Algures a Nordeste”, que o TVR criou, juntamente com o Teatro Municipal de Bragança.
Rui Santos sustentou: “No último ano demos um passo de gigante na área do serviço educativo, quase quadruplicando o número de ações ligadas ao público jovem”, onde o serviço educativo, além de espetáculos para públicos infanto-juvenis, organizou 13 workshops em diversas áreas artísticas, o último dos quais culminando com uma apresentação pública.
Mónica Oliveira