Duelo de Titãs Vol.3: A fúria dos Leões Patinadores

Duelo de Titãs Vol.3: A fúria dos Leões Patinadores

Foi na noite de 23 de novembro que o Pavilhão João Rocha em Lisboa, recebeu o terceiro clássico da época entre o Sporting e o Porto, com os “Leões” de Edo Bosch a aplicar “chapa cinco” aos “Dragões” de Paulo Freitas.

Em noite de homenagem a uma das glórias do hóquei do Sporting, e um dos mais notáveis praticantes da modalidade em Portugal, Júlio Rendeiro, que faleceu esta semana, a equipa da casa queria entrar no jogo com tudo para amansar o “Dragão” na capital. Esse aperto verificou-se, e a partida começou com sentido único, o Sporting atacava e o Porto tentava-se proteger das stickadas leoninas. A defensiva portista parecia flácida e frágil e a baliza apenas se manteve a zeros durante os primeiros 12 minutos graças a XaviMalián, que se agigantava na baliza azul e branca.

Foi mesmo ao fim da dúzia de minutos, que o Sporting chegou à vantagem no marcador. Em powerplay, devido ao cartão azul mostrado a Hélder Nunes, Facundo Navarro inaugurou o Clássico em Lisboa. Logo ao minuto 13, o capitão Nolito Romero aproveitou mais uma vez a vantagem numérica e dobrou a diferença leonina no João Rocha com uma potente stickada que fez com que a bola apenas parasse no fundo da baliza de Xavi Malián.

Enquanto o Porto continuava sem saber como responder aos ataques sportinguistas, estes continuavam a atacar e a sufocar o “Dragão” até que Diogo Barata, ao minuto 18, fez o terceiro para os “verdes e brancos”. Até ao fim da primeira parte o Porto ainda esteve em power play, mas foi incapaz de tirar proveito da situação, e foi para o intervalo a perder por 3-0.

Já na segunda parte, o sentido do jogo era igual ao dos primeiros 25 minutos. Alessandro Verona aplicou o quarto golo do jogo a favor do Sporting ao minuto 28, num resultado que agradava os adeptos da casa, mas que se tornava cada vez mais pesado para os patinadores da Invicta.

Com este golo, Edo Bosch mandou os seus homens baixar as linhas e começar a gerir o jogo. Era o que o Porto precisava para atacar de uma forma mais fluente, o que se concretizou com ataques rápidos e stickadas fortíssimas direcionadas à baliza do prodígio Xano Edo, que stickada atrás de stickada, ia evitando a entrada da bola na sua baliza com defesas dignas de cinema. Contudo, como heróis só na Marvel, Telmo Pinto conseguiu faturar para os Dragões ao minuto 38, dando assim, esperança na luta pelo Clássico.

Se os adeptos portistas ficaram esperançosos com o golo de Telmo Pinto, essa esperança rapidamente virou desespero mais uma vez, pois o Sporting voltou aos seus fulminantes ataques com stickadas pela esquerda e pela direita. Por todo o lado os Leões faziam o que queriam dos “azuis e brancos”, que muito devem a Xavi Malián, que já nem se segurava depois de tanta defesa. Por fim, a insistência leonina foi recompensada, com Danilo Rampulla a aplicar um golpe de brilhantismo ao minuto 47, com a “chapa cinco” assegurada para a equipa da casa que vibrava com os seus adeptos em pleno João Rocha. 

Do outro lado do campo, Gonçalo Alves ainda tentou trazer esperança à sua equipa com um livro relativo à décima falta, mas tremeu perante Xano Edo, que defendeu a stickada do capitão do Porto. Por fim, Carlo di Benedetto ainda fez o segundo golo para o FC Porto, que de nada serviu na conclusão deste Clássico.

Com este resultado, o Sporting segue em terceiro lugar na fase regular com 16 pontos e mantém-se cem por cento vitorioso perante o Porto esta época, vencendo três em três possíveis, depois das vitórias nas meias-finais da Elite Cup e na Supertaça. Além disso, os Leões seguem a apenas dois pontos do líder Benfica, que ainda não jogou nesta 7.ª jornada. Já o Porto, segue na sexta posição, com risco de ser ultrapassado pelo SC Tomar, que também ainda não jogou nesta fornada de jogos.

Texto: Gonçalo Oliveira

Imagens: @sportingmodalidades