Esta semana foi marcada por acontecimentos políticos de diferentes eixos desde a reforma laboral, disputas sobre a lei da nacionalidade, privatização da TAP e o arranque dos debates políticos para as presidenciais de janeiro de 2026.
O clima começou a aquecer logo no começo da semana com altas tensões entre as centrais sindicais e o Governo. Após os recuos do Governo terem sido considerados insuficientes nas alterações propostas ao código de trabalho, a UGT (união geral dos trabalhadores) convocou uma greve geral para dia 11 de dezembro. Apesar disso, o Executivo mostrou-se disponível para dialogar e reanalisar o documento, o que não impediu a possibilidade de dois dias de greve.
A Lei da Nacionalidade continua a ser um tema fortemente debatido. No Parlamento continuam a entrar propostas para revisão da lei, complicando cada vez o acesso à cidadania portuguesa. Novos critérios de integração cultural e linguística, e ainda, o aumento de 10 anos de residência mínima para alguns.
A COP30 ainda a decorrer esta semana, teve o seu término no passado dia 21, onde segundo a ministra do Ambiente e Energia, Maria de Graça Carvalho afirma que Portugal teve um grande contributo no que toca a tomar posições e decisões essenciais. Portugal juntou-se também à França e ao Brasil para propor a inclusão dos oceanos nas negociações climáticas, enquanto isso, para o Parlamento Europeu a COP30 teve “progresso, porém lento e insuficiente” face à crise climática atual.
Novamente, a TAP voltou a estar no centro do debate político. Foram confirmadores três possíveis compradores para uma privatização até 44.9%, este é um processo que o Governo já afirmou que pretende acelerar. O Chega defendeu que o futuro comprador deve assumir todas as dívidas da companhia aérea. E o PS questionou publicamente se o atual ministro Miguel Pinto Luz tem capacidade para liderar este processo. Regressou assim um tema histórico que divide partidos.
O arranque dos debates presidenciais foi um dos assuntos de maior destaque da semana. Estão previstos 28 debates em canal aberto entre todos os candidatos, tendo o primeiro decorrido dia 17 entre André Ventura e António José Seguro.
Concluindo, esta semana apresentou um Portugal politicamente intenso, onde se cruzam múltiplas vertentes políticas como candidatos presidenciais e sociedade civil, Governo e oposição. A juntar, greves gerais e novamente a privatização da TAP volta a ser assunto de debate.
Afonso Calvário