João Cotrim de Figueiredo vs Luís Marques Mendes

João Cotrim de Figueiredo vs Luís Marques Mendes

Domingo, dia 7 de dezembro, deu-se mais um debate no âmbito das Presidenciais 2026. João Cotrim de Figueiredo, apoiado pela IL, e Luís Marques Mendes, apoiado pelo PSD, deram voz ao 17º debate do ciclo de 28 para a corrida à Presidência.

O confronto arrancou de forma tensa após Cotrim de Figueiredo afirmar ter sido alvo de “pressões” provenientes de pessoas ligadas à candidatura de Marques Mendes, alegadamente para o levar a desistir da corrida a Belém. O liberal clarificou que o contacto não partiu diretamente do adversário, mas de elementos que se apresentaram como pertencentes à sua campanha.

Marques Mendes reagiu de imediato, considerando a acusação “muito grave” e descredibilizando o opositor: “O senhor comporta-se como um André Ventura envergonhado: faz acusações e não as prova. A sua palavra não é para levar a sério”, afirmou.

Intervindo sobre o papel do Chefe de Estado, o candidato do PSD sublinhou que o Presidente “tem de ser moderado” e atuar como “moderador”, embora sem ser “frouxo”, defendendo a necessidade de firmeza. Já Cotrim de Figueiredo frisou que o cargo exige sobretudo “transparência”, destacando diferenças entre ambos: enquanto Marques Mendes apresenta “uma carreira política”, ele propõe “uma candidatura arejada e moderna”.

O tema da lei laboral também dividiu os candidatos. Marques Mendes considerou que o Governo tem “legitimidade” para proceder a alterações, ao passo que Cotrim afirmou que aprovaria a lei laboral “na sua versão mais recente”.
Nas prioridades para o país, Marques Mendes destacou “estabilidade e ambição”. Contudo, o liberal contestou, contrapondo que “prudência pode ser igual a medo de mudança”.

Afonso Lordelo