No passado domingo realizou-se o tão aguardado desfecho da temporada, com a corrida que iria decidir o título. Pela primeira vez em vários anos, três pilotos chegavam à última prova, onde, matematicamente, ainda era possível a conquista do campeonato.
Na qualificação, o até então, campeão Max Verstappen, esteve irrepreensível, ao somar duas voltas excecionais na Q3, consolidando assim a pole position e a possibilidade de entrar na corrida com uma vantagem psicológica importante.
Já Lando Norris, que arrancava ao seu lado, após conquistar o segundo lugar na grelha, sabia exatamente o que precisava, num simples pódio, para se tornar o 35.º campeão da história da Fórmula 1.
Já o seu companheiro de equipa, Oscar Piastri, partia com um desafio bem maior, a de vencer e esperar que os seus dois rivais terminassem mal classificados.
Foi precisamente no domingo, à entrada da fase decisiva da corrida, que o nervosismo aumentou de forma evidente. Logo na primeira volta, o piloto da Red Bull manteve a liderança, num arranque calculado, cortando a aproximação de Norris e Piastri e impondo o seu ritmo, logo desde os instantes iniciais. Ainda na primeira volta, a troca de posições entre os companheiros de equipa evidenciou a boa coordenação da McLaren.
Ao longo da corrida, com a acumulação de diversas penalizações, levou a FIA a intervir repetidamente e a sancionar vários pilotos por infrações registadas em pista.
Numa corrida marcada pela estratégia de ambas as equipas, o então número um nunca teve o apoio necessário para alcançar o seu quinto título. O seu companheiro de equipa ficou-se por um modesto décimo quarto lugar, insuficiente para travar o avanço dos rivais. Em contraste, a dupla da McLaren soube gerir a corrida com inteligência e coordenação exemplar, em mais uma prova de como o trabalho conjunto entre colegas de equipa pode ser decisivo nas vitórias que realmente contam.
Apesar de Verstappen ainda ter sonhado com o campeonato, a McLaren mostrou um controlo notável, gerindo com serenidade e precisão a corrida de Norris. No final, o britânico sagrou-se campeão, mesmo terminando em terceiro lugar.
Numa prova em que, por vezes, nem sempre o vencedor da corrida é o vencedor do campeonato, o primeiro e segundo classificados acabaram o ano de 2025 separados por apenas 2 pontos.
Texto: Bárbara Sá
Imagem: @f1