Com mais uma gala de Desporto da AAUTAD à porta, voltam a ser destacados e premiados os melhores atletas da UTAD.
Desta vez, Nuno Mendonça, está entre os nomeados para atleta masculino do ano, depois de ter conquistado bronze no Campeonato Nacional Universitário de Karaté.
Nuno Mendonça mostrou-se muito contente pela nomeação para atleta masculino do ano e parabenizou a AAUTAD pela organização da gala de Desporto, que chega este ano à sua décima edição. Além disso referiu também como se sente em relação à sua nomeação.
“Sinto muito feliz por ser nomeado e dou os parabéns à Aautad pela excelente iniciativa de voltar a realizar este evento, chegando à sua décima edição. Têm sido épocas de muita dificuldade desde que entrei para a universidade. Sair dos Açores, a minha zona de conforto, enquadrar-me no contexto social e ainda focar-me nos meus objetivos como estudante-atleta. Por tudo isso, ter sido nomeado é fruto de muito trabalho e resiliência.”
Questionado a fazer um balanço do seu último ano desportivo, o atleta mostrou-se desiludido com o seu desempenho na modalidade.
“Na minha opinião foi muito abaixo das expectativas. Tendo em conta que sou aluno da licenciatura de Ciências do Desporto, foi muito difícil equilibrar as aulas práticas com os meus treinos, o que resultou na baixa consistência dos treinos, logo os resultados não foram os pretendidos”
O atleta cinturão preto na sua modalidade, falou também um pouco acerca dos desafios vividos por um atleta de alta competição.
“Para mim, apesar dos desafios ao nível de conseguir alinhar os estudos com os treinos, é o mental. Conseguir vencer-me quando existe dúvidas, se realmente vale apena continuar, se devo ir a tal festa, se não devo ir treinar e descansar, são pequenas decisões que acabam por fazer a diferença no caminho que traçamos.”
O karateca, 5 vezes campeão da modalidade, explica de que forma consegue conciliar a vida académica com a vida de atleta.
“Para mim tem sido difícil, pois perco muito das experiências que a universidade nos dá. Na maioria das vezes priorizo os treinos e deixo de parte a experiência académica. Por exemplo, estou no meu último ano de licenciatura e só fui 1 vez à queima e à caloirada, mas não me arrependo. Por outro lado, nem sempre consigo treinar a 100 por cento a minha modalidade, porque tenho que conciliar a prática desportiva do curso para passar nas avaliações.”
Em conclusão, Nuno Mendoça desvenda um pouco dos seus planos para o futuro na modalidade.
“Pretendo um dia ser campeão nacional, representar Portugal e conseguir alcançar consistência a nível nacional e sonhar a nível internacional.”
Texto: Gonçalo Oliveira