Vitória colchonera com sabor amargo 

Vitória colchonera com sabor amargo 

Realizou-se nesta segunda, às 20 horas, no Rose BowlStadium, o jogo a contar para a terceira jornada do mundial de clubes, entre o Atlético Madrid e o Botafogo, clube brasileiro, num jogo onde se iria decidir as equipas que passariam no grupo B da competição.

As equipas vinham de emoções diferentes ao longo da competição. Se por um lado o Atlético, que vinha de um resultado positivo frente ao Seattle Sounders, precisava obrigatoriamente de golear o Botafogo para ter hipóteses de passagem, do outro, a equipa brasileira necessitava apenas de um empate para garantir o primeiro lugar do grupo, depois de um resultado histórico com a vitória frente ao PSG na jornada anterior.

No lado espanhol, a equipa de Diego Simeone veio com praticamente o mesmo onze inicial da jornada anterior, trocando apenas duas peças, com a entrada de Conor Gallagher para o lugar de Koke, capitão da equipa, e a saída de José Gimenez em detrimento de Lenglet.

Já no Botafogo, Renato Paiva, com a ideia de manter a onda de resultados positivos e até, como referido antes, históricos, levou para jogo exatamente a mesma equipa titular do jogo frente ao PSG, com destaque para Igor Jesus, melhor jogador da equipa no torneio.

A primeira parte teve poucas oportunidades. A equipa brasileira começou melhor no jogo, lançando contra-ataques perigosos, mas não mantendo muito a posse de bola. Destacam-se os remates de Igor Jesus para uma grande defesa de Oblak (10´) e de Arthur, que passou rente ao canto da baliza (15´).

Até ao intervalo, o Atlético começou a dominar mais as ações do jogo, criando uma grande oportunidade já perto do mesmo, com o remate de Julian Álvarez a passar rente ao poste esquerdo da baliza de John (41´). Já nos descontos o VAR teve de ser chamado ao jogo, depois de um possível penálti a favor da equipa espanhola, anulado por falta de Sorloth na mesma jogada, lá no ataque.

Na segunda parte o Atlético começou a demonstrar o seu objetivo, e lançou-se ao ataque. No entanto esbarraram na própria falta de eficácia, falhando golos completamente absurdos, destacando-se o cabeceamento de Sorloth, que falgou mesmo em frente á baliza (61´) e o falhanço de Correa, também á frente da baliza (83´). No outro lado, o Botafogo ia tentando lançar os seus ataques com bolas longas e cruzamentos, sem conseguir criar perigo.

Aos 87 minutos, apareceu uma breve esperança para os colchoneros. Griezmann, vindo do banco ao intervalo, encostou a bola para abrir o marcador, depois de uma grande assistência de ​Julian Álvarez.

Acabou assim o jogo, com o Botafogo a passar de fase, em segundo lugar do grupo (PSG passou em primeiro, depois da vitória frente aos Seattle Sounders), ao invés do Atlético que, mesmo com a vitória, foi eliminado na fase de grupos. 

Homem do jogo – Julian Álvarez

Foi o principal criador de perigo por parte do Atlético, embora também com alguma falta de eficácia no que tocou a fazer o seu golo. Para além disso, deu uma bela assistência para o golo do Griezmann, dando esperança aos espanhóis.

 

Texto: Bruno Gomes

Imagens: @Atleti & @Botafogo