Paços de Ferreira garante a permanência com uma vitória suada frente ao Belenenses

Paços de Ferreira garante a permanência com uma vitória suada frente ao Belenenses

O Paços de Ferreira assegurou, este domingo, a permanência na Segunda Liga ao vencer o Belenenses por 2-0, após prolongamento, no jogo da segunda mão do playoff de manutenção. Depois da derrota por 2-1 no Estádio do Restelo, a formação pacense conseguiu inverter a eliminatória no seu reduto, num encontro marcado por grande intensidade, mas com pouca qualidade de jogo.

Com duas alterações no onze inicial, o Paços apresentou-se com a mesma equipa que iniciou a segunda parte da primeira mão, desta vez com uma nuance táctica, trocou o habitual 4-3-3 por um 3-4-3, com Ferigra a recuar para o centro da defesa. A equipa da casa tentou ganhar maior presença nas alas, mas o primeiro tempo foi bastante amorfo.

Os primeiros 45 minutos foram marcados por muitas faltas, escassas oportunidades e uma crescente impaciência nas bancadas. O primeiro lance de perigo surgiu apenas aos 17 minutos, com Rodrigo Pereira, ponta-de-lança dos forasteiros a cabecear ligeiramente ao lado. Aos 29’, o Belenenses voltou a ameaçar com Evandro a cruzar para finalização de João Tavares, que atirou ao lado. Os visitantes mostravam-se mais organizados e com maior capacidade de controlar o jogo.

O Paços de Ferreira revelava dificuldades no meio-campo e pouca criatividade, recorrendo sobretudo a rasgos individuais e lançamentos longos, num futebol bastante previsível. Do outro lado o Belenenses mostrava uma paciência maior para sair a jogar. A primeira parte terminou sem golos.

Na segunda metade, os castores entraram mais pressionantes, sobretudo através de cruzamentos do lado direito. Aos 53 minutos, Rui Fonte foi derrubado na área por David Grilo e o árbitro assinalou grande penalidade, após consultar o VAR. Antunes, experiente lateral-esquerdo, converteu com segurança aos 57 minutos, igualando a eliminatória.

O golo trouxe maior emotividade à partida, o Belenenses reagiu com duas substituições e subiu as linhas, procurando o empate no jogo e a vantagem na eliminatória. Criou perigo em lances de bola parada e em remates de média distância, enquanto o Paços tentava explorar o contra-ataque. Aos 84 minutos, a equipa da casa dispôs de um livre perigoso à entrada da área, mas o remate de Antunes encontrou uma boa defesa de David Grila.

Com o empate no tempo regulamentar, a eliminatória seguiu para prolongamento. A formação visitante iniciou melhor a última meia hora de jogo, atacando para o lado onde se encontravam mais de mil adeptos vindos de Lisboa. Do lado pacense, Filipe Cândido lançou Anilson, e pouco depois trocou Antunes e Rui Fonte por Marozau e Rui Pedro. Durante essa substituição, o técnico do Belenenses, João Nuno, foi expulso por protestos.

O momento decisivo chegou aos 105 minutos. Numa jogada bem construída pela direita, Anilson encontrou André Liberal, que cruzou rasteiro para uma finalização em habilidade de Marozau. Foi o 2-0, e pela primeira vez na eliminatória, o Paços colocava-se na frente.O segundo tempo do prolongamento teve mais vontade do que discernimento. O Belenenses lançou Danny e Tiago Moninhas, mas já sem lucidez para criar jogadas, sendo assim, os minutos finais foram jogados com intensidade, mas sem ocasiões claras, e o Paços conseguiu segurar a vantagem até ao apito final.

Com este resultado, o Paços de Ferreira garante a permanência na Segunda Liga, ao passo que o Belenenses falha o regresso. A equipa da Capital do Móvel fecha assim uma época difícil com um desfecho positivo, num momento de transição na presidência.

Texto: Tiago Santos

Imagens: @CFosBelenenses