Neste sábado, realizou-se no Estádio De La Cartuja, em Sevilha, a final da taça do Rei de Espanha, um jogo muito especial, pois não era apenas uma final, era o El Clássico entre Barcelona e Real Madrid, com o clube catalão a perseguir a 32ª taça e o clube da capital a querer erguer o 21º titulo desta competição.
Na presente época, estas duas equipas já se tinham enfrentado por duas ocasiões com o Barcelona a vencer ambos os jogos, um para o campeonato (0-4) e na final da Supertaça de Espanha (2-5).
Relativamente às equipas iniciais, ambos os treinadores tiveram que fazer mexidas, com Hansi Flick, treinador do Barcelona, a não poder contar com Alejandro Balde e o melhor marcador da equipa Robert Lewandowski, ambos a ficarem de fora por lesão, com o treinador alemão a lançar Ferran Torres para o ataque e Gerard Martin para lateral, com a restante equipa a ser praticamente igual à utilizada nos últimos jogos. Já Carlo Ancelotti, treinador do Real Madrid, lançou para o jogo as novidades, Dani Ceballos e Ferland Mendy, com a grande surpresa a ser Kylian Mbappé a ficar de fora das opções iniciais e a começar o jogo no banco de suplentes.
Na fase inicial do jogo, observamos as duas equipas a tentar ficar com a bola e a construir o jogo desde a defesa, com os primeiros minutos a serem disputados no meio campo, mas com o Barcelona mais pressionante e mais subido no terreno.
Com 8 minutos jogados, assistimos à primeira contrariedade para a equipa de Madrid, Ferland Mendy a sair lesionado e a dar lugar a Fran Garcia, Carlo Ancelotti viu-se, assim, obrigado a utilizar uma substituição muito cedo na partida.
O Barcelona estava por cima do jogo e foi mesmo a equipa catalã a criar a primeira grande oportunidade, com Lamine Yamal a rematar colocado e a bola a passar a centímetros da baliza defendida por Thibaut Courtois aos 16 minutos, instantes mais tarde, no seguimento de um livre lateral, mais uma oportunidade para “os Culês” com o cabeceamento de Jules Koundé para uma incrível defesa do guarda redes do Real Madrid.
A superioridade do Barcelona era visível e aos 28 minutos chegou mesmo ao golo, Lamine Yamal a avançar pelo lado direito do ataque e a fazer um passe para a entrada da área onde apareceu Pedri a rematar ao ângulo superior da baliza do Real Madrid sem hipóteses para Courtois, Barcelona a colocar-se em vantagem com um golo incrível do médio espanhol.
Aos 34 minutos, o Real Madrid reagiu e chegou mesmo a introduzir a bola na baliza do Barcelona, mas o golo foi imediatamente anulado por fora de jogo de Jude Bellingham.
Com cinco minutos de descontos jogados, o árbitro apitou para o intervalo, com o Barcelona em vantagem numa primeira parte com maior pendor ofensivo por parte da equipa catalã.
Para a segunda parte, o Real Madrid decidiu fazer uma alteração para tentar mudar o rumo do jogo, Carlo Ancelotti a tirar Rodrygo ao intervalo e a colocar a estrela francesa Kylian Mbappé.
O Real Madrid começou bem a segunda parte, tendo a primeira oportunidade aos 48 minutos, Bellingham a fazer o passe em profundidade para Vinicius Junior que rematou para uma grande defesa de Szczesny.
O Real Madrid continuava a insistir e a somar oportunidades, aos 58 minutos, Vinicius Junior a encontrar espaço e a rematar de longe com a bola a passar ao lado da baliza do Barcelona.
Aos 70 minutos, a pressão dos “Merengues” deu frutos, com o golo a surgir de livre direto bem batido por Mbappé a empatar o “EL Clássico”.
Não foi preciso muito tempo para assistirmos à “remontada” do Real Madrid, canto bem batido por Arda Guler e Tchouameni a surgir no interior da área a cabecear para o fundo da baliza do Barcelona, Real Madrid a colocar-se em vantagem a 15 minutos do final do jogo.
A equipa catalã reagiu, aos 81 minutos, remate bem colocado de Lamine Yamal para uma enorme intervenção de Thibaut Courtois, 2 minutos depois, surge mesmo o empate na partida, excelente passe de Yamal a descobrir Ferran Torres que tirou o guarda redes belga da frente e atirou para a baliza deserta, fazendo o 2-2 num jogo muito movimentado.
Já nos descontos, o árbitro da partida assinala penalti a favor do Barcelona por falta de Raul Asensio sobre Raphinha, porém depois do lance ser analisado pelo VAR, a equipa de arbitragem acaba por anular o penalti.
Ao fim do tempo regulamentar, com o empate a 2 golos, iriamos então para prolongamento.
Num prolongamento pouco movimentado, sem grandes oportunidades de golo, tudo indicava que iriamos para a decisão por penaltis, mas aos 115 minutos, Jules Kounde que estava muito seguro a nível defensivo, foi para o ataque e num remate de fora da área faz o 3-2 para o Barcelona e coloca “Os Culê” na frente do jogo.
Até ao fim do jogo, o resultado não se alterava, o Barcelona vence o Real Madrid por 3-2 e conquista a sua 32ª taça do Rei de Espanha.
Quanto ao próximo jogo das duas equipas, o Barcelona recebe a Inter de Milão na próxima quarta feira num jogo a contar para Liga dos Campeões, já o Real Madrid recebe o Celta de Vigo numa partida a contar para a LaLiga.
Consideramos Lamine Yamal como o homem do jogo, para além das duas excelentes assistências para os golos de Pedri e Ferran Torres, foi um dos jogadores mais importantes em campo a nível ofensivo do Barcelona.
Texto: Rodrigo Fraguito
Imagens: @FCBarcelona
