No dia 23 de março de 2025, a Região Autónoma da Madeira foi a eleições, com vitória do PSD. Miguel Albuquerque, no cargo desde 2015, continua como presidente do governo regional.
O PSD governa a Madeira desde 1976 e, nesta eleição, aumentou de 19 para 23 deputados, conquistando 62.059 votos. O JPP (Juntos pelo Povo) ficou com 11 mandatos (30.091 votos), o PS com oito (22.351 votos), o Chega com três (7.821 votos), enquanto CDS-PP e IL elegeram um deputado cada, com 4.289 e 3.097 votos, respectivamente. A abstenção foi de 44%, com 0,5% de votos brancos e 1,8% nulos.
O PSD venceu em 50 das 54 freguesias e em todos os concelhos, exceto Santa Cruz, onde o JPP triunfou. O PS e o Chega perderam um deputado cada, e o PAN deixou de ter representação na Assembleia Regional. CDU e Bloco de Esquerda continuam sem deputados.
A crise política que levou às eleições antecipadas foi impulsionada pela reprovação do Orçamento da Madeira e por uma moção de censura do Chega. Além disso, uma megaoperação policial em janeiro de 2024 investigou Miguel Albuquerque por suspeitas de corrupção, tráfico de influência e abuso de poder. Pedro Calado, ex-presidente da Câmara do Funchal, também foi detido no ano passado por suspeitas de corrupção passiva.
Em entrevista à RTP a 27 de março, Albuquerque afirmou que espera que a AD, na República, tenha vantagem semelhante à do PSD na Madeira. Para garantir maioria parlamentar, poderá contar com o apoio do deputado do CDS-PP ou da IL, já que ficou a apenas 300 votos da maioria absoluta.
António Teixeira
Imagem: Lusa