A Assembleia Legislativa da Madeira chumbou, no dia 9 de dezembro de 2024, o Orçamento para 2025, aumentando assim a tensão política no arquipélago.
A proposta de Orçamento apresentada pelo Governo Regional de Miguel Albuquerque não convenceu os restantes partidos, o que mereceu os votos contra do JPP, CHEGA, PS, IL E PAN. Graças ao acordo parlamentar entre o PSD e o CDS-PP estes foram os únicos votos a favor.
A oposição justificou a sua rejeição alegando que as prioridades do Governo não correspondem em nada às reais necessidades da Madeira. Investimentos em habitação, saúde e medidas eficazes para combater o desemprego são os maiores desafios e preocupações atualmente.
Já o executivo regional acredita que este era um orçamento equilibrado e que se enquadrava no cenário económico atual, caracterizado por restrições e incertezas a nível nacional e internacional. O líder do Governo, Miguel Albuquerque, alerta que este chumbo poderá trazer um retrocesso no desenvolvimento económico da região devido ao atraso de projetos essenciais.
Posto isto, o Governo é obrigado a reavaliar a proposta e a submete-la novamente à Assembleia. Estas novas negociações prometem não ser nada fáceis, uma vez que a oposição exige a alteração de certas medidas na íntegra em determinadas áreas.
Este encerramento apenas veio a intensificar uma crise política na região e a urgência na necessidade de maior diálogo entre o Governo e a oposição. Especialistas realçam que um acordo é crucial para reduzir impactos negativos nos serviços públicos e na economia regional.
Afonso Calvário
