A Biblioteca Central da UTAD foi palco da inauguração da exposição “Chapéus há muitos” a 26 de julho, Dia dos Avós, numa iniciativa do Centro Social e Paroquial de Constantim que procurou celebrar os idosos e promover o trabalho em rede.
Em declarações a’O Torgador, a animadora sociocultural Ana Pereira destaca a importância da união, defendendo que “juntos fazemos mais e melhor”. O desafio dos chapéus criativos foi lançado a 20 instituições de solidariedade social e permitiu “promover um dia diferente e tornar a sala de exposições da UTAD muito mais bonita com os trabalhos feitos”.
Os 20 chapéus, feitos à mão pelos idosos das diversas instituições, apresentam temas e aspetos variados. O chapéu criado no Lar Imaculada Conceição, por exemplo, assume como tema a natureza e apresenta musgo, uma gaiola e pássaros; já o da Associação Cultural e Social Sanfins do Douro é uma cartola revestida de cartas de baralho, fazendo lembrar o mundo de Alice no País das Maravilhas. Conforme se lê no panfleto da exposição, os utentes foram desafiados a “dar aso à sua imaginação e (…) criatividade”, permitindo pensar “sobre a história [dos chapéus] e o seu uso” e incentivando a “reutilização” de materiais.
Com estas 20 instituições, foram mais de 150 pessoas presentes, entre utentes e colaboradores, para as celebrações do Dia dos Avós que decorreram a partir das 14h50. O Grupo de Bombos de Constantim sinalizou a entrada, com um discurso inicial do padre Ricardo, pároco de Constantim, seguido do discurso do reitor Emídio Gomes. “Os avós deviam ser para sempre, são a instituição mais importante que temos”, referiu o reitor, lembrando que a pessoa mais importante na vida dele foi a “avó Conceição”. Os presentes assistiram a uma missa em honra de São Joaquim e Sant’Ana, os pais da Virgem Maria e os avós de Jesus, com acompanhado coral proporcionado pelo Grupo de Jovens de Constantim. Além deste momento, decorreu ainda uma atuação da Tuna da Universidade Sénior do Peso da Régua e abriu-se o coffee break.
Daniela Fonseca, pró-Reitora para a Cultura e Serviços de Documentação, coorganizou o evento a convite do Centro Social com a ajuda do Centro de Cultura e Responsabilidade Social da UTAD. “A iniciativa pareceu-nos tão boa que era impossível recusar este desafio”, refere, afirmando que esta iniciativa permite ter “contacto com uma faixa da população esquecida das universidades”. Elogia ainda os idosos, afirmando que “mais do que enciclopédias, são bibliotecas”.
A exposição encontra-se aberta até nove de setembro e poderá ser visitada gratuitamente de segunda a sexta-feira, entre as 10 e as 17 horas.
Texto e Imagem: Joaquim Duarte