Como sabemos, dia 27 de janeiro foi o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto, e foi esta data que me levou a ver o mais recente filme da Netflix, intitulado “A minha melhor amiga Anne Frank”.
Este drama holandês foi dirigido por Ben Sombogaart e lançado em Portugal no passado dia um de fevereiro.
A história, como é possível compreender pelo título, não é contada na perspetiva de Anne, mas sim da sua melhor amiga Hannah ou “Hanneli” Goslar.
No filme é retratado a amizade entre as adolescentes judias na década de 1940, que vivem num período em que Amesterdão está sob a ocupação nazi. A dado momento, Anne Frank e a sua família desaparecem, o que leva Hannah a pensar que estes terão partido numa viagem. Mais tarde, as amigas reencontram-se num campo de concentração.
Acho que foi um filme bem conseguido desde os cenários às vestes, uma vez que este consegue de facto retratar como era a vivência nos campos de concentração. Outro aspeto positivo foi todo o cuidado linguístico, já que ao longo do filme fala-se holandês e alemão e ainda é de salientar as atrizes, que conseguiram encarar com sucesso a personagem.
Pessoalmente, é um filme que aconselho a verem, porque como já referi não retrata diretamente a vida de Anne Frank, que é o que se costuma ver, mas sim de Hanneli, o que torna tudo mais interessante, até porque nos dá uma perspetiva diferente do que realmente aconteceu.
É um filme emocionante baseado em relatos verídicos e ficcionais, mas que retrata uma amizade verdadeira que mesmo face às atrocidades, prevalece.