Os humoristas subiram ao palco do Teatro para um “surpreendente número de faquires acrobatas e prestidigitação com marmotas”
A par dos formatos televisivos, Eduardo Madeira e Manuel Marques têm marcado presença em salas de várias cidades do país. Ontem, dia 30 de maio, às 21h30, foi a vez do Grande Auditório do Teatro de Vila Real receber a “Neverending Tour”, uma comédia com música à mistura, onde a política, o desporto e a sociedade são alguns dos temas em análise.
A dupla partilha um longo percurso de projetos de comédia em Portugal. Programas como “Estado de Graça”, “AntiCrise” e, mais recentemente, “Donos Disto Tudo”, marcam as suas carreiras televisivas em conjunto. Em entrevista exclusiva a’O Torgador’, os protagonistas do filme de 2018 “Tiro e Queda” afirmaram que o espetáculo tem sido muito bem recebido pelo público.
OT (O Torgador): Vocês têm um longo percurso televisivo. Qual é que é a maior diferença entre fazer humor na televisão e fazer humor, como foi o caso, em ambientes onde o contacto com o público é direto?
EM (Eduardo Madeira): A maior diferença é que, quando é ao vivo…
MM (Manuel Marques): … a reação é imediata!
EM: Pois, não há dúvidas, as pessoas riem ou não riem… é como o algodão, não engana. Quando tem piada as pessoas divertem-se, quando não tem piada a culpa é do artista… o público da sala pode não ser todo maluco (…). A reação aqui foi ótima e a reação a este espetáculo tem sido ótima! Quando fazemos um programa de televisão só conseguimos, mais ou menos, imaginar a reação do público, mas não conseguimos tê-la tão imediatamente.
MM: E o público é tão importante que a energia passa para nós também e o espetáculo também depende da reação do público. É o “toma lá, dá cá” (risos).
OT: Este espetáculo já passou por várias cidades do país. Sentiram que o público aqui em Vila Real correspondeu às expetativas?
EM: Incrível!
MM: Maravilhoso!
EM: Para já, eu já conheço o público de Vila Real há bastante tempo. Já tinha vindo aqui a este teatro, já fiz queima das fitas cá também… ainda vocês não andavam na faculdade, de certeza! (risos)… já foi há uns aninhos, quase 20, quando eu estive cá com os “Cebola Mole”, que era uma banda que eu tinha, depois ainda estive sozinho e depois ainda vim a este teatro portanto, é sempre um público incrível! Desde o público mesmo da terra até aos estudantes… e por exemplo hoje aqui metade da sala era de Vila Real e metade da sala eram pessoas de fora… um gajo nem percebe bem como é que a malta vem de longe para ver o espetáculo, mas isso é bom!
Hugo Garrido
Fotografia: O Torgador (Alexandre Pires)