O PSD pediu hoje a demissão do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, considerando que é a única atitude que se espera perante os recentes danos no setor.
A proposta foi lançada num debate parlamentar pelo deputado social-democrata Ricardo Batista Leite, que considerou que “o ministro da Saúde já não existe” e que o ministro das Finanças “tomou de assalto” o Ministério da Saúde.
O deputado afirmou que: “Se o ministro da Saúde é um mero delegado do ministro das Finanças, é porque temos um primeiro-ministro irresponsável que o permite, que assiste impávido e sorridente à destruição progressiva dos serviços”.
Para Ricardo Batista Leite, os “portugueses estão cada vez mais doentes” e o atual Governo transformou “o Serviço Nacional de Saúde no Serviço Nacional da Doença”.
O mesmo sublinhou que a degradação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) “se torna ainda mais grave na área da oncologia” e considerou uma “vergonha inaceitável” o prolongamento da situação da ala pediátrica do hospital São João, no Porto, onde as crianças são atendidas em contentores.
Ricardo Baptista Leite lembrou, ainda, que o prazo para o lançamento de concurso para a nova ala pediátrica do São João, que tinha sido anunciado pelo Governo, já foi ultrapassado, afirmando que “palavra dada é palavra borrifada”.
Por outro lado, o CDS optou por sublinhar que “quem verdadeiramente manda na Saúde” é o ministro das Finanças.
A deputada Isabel Galriça Neto, dirigindo-se ao ministro Adalberto Campos Fernandes, disse que: “O que precisamos é que seja ministro da Saúde, não precisamos que seja Centeno. E precisamos de um primeiro-ministro e de um ministro das Finanças que não o menorizem desta forma”.
Andreia Dias
Fotografia: Sapo