À medida que os dias, as semanas, os meses, os anos vão passando, cada vez mais chego à conclusão de que a raça humana é capaz de ser o maior parasita que existe, existiu e existirá neste pequeno planeta que recebe muitas vezes o nome “Terra” quando, a meu ver, deveria ser o planeta “Casa”.
Este planeta, o terceiro mais perto do Sol, onde cerca de 71% da superfície está coberta por água, que demora um ano a dar a volta ao Sol, mas unicamente 1 dia a dar uma volta sob si mesmo, onde a própria atmosfera tem características específicas favoráveis à existência de vida, é, até prova em contrário, o único onde esta existe em toda a Galáxia. Este planeta, tão rico em termos da sua biodiversidade (apesar de as diferentes espécies existentes estarem a desaparecer cada vez mais rapidamente ao longo do tempo) é o planeta ao qual chamo “Casa”!
Todavia, apesar de todas estas características que tornam este planeta assim tão especial, todos os dias o ser humano, este parasita que por cá anda, realiza demasiadas ações que colocam em causa a sustentabilidade ecológica do meu planeta “Casa”. Tantas razões são enunciadas, mas acho que se deve ao estilo de vida desregrado em termos de consumo (consumo excessivo, irracional, impulsivo e sem respeito pela sustentabilidade do planeta – consumismo) que é vivido por todos aqueles que habitam na sociedade do consumo atual.
O aumento das emissões de gases com efeito de estufa e consequente aumento da temperatura média global, o descongelamento das calotes polares e consequente aumento do nível médio das águas, o aumento da utilização de pesticidas e herbicidas químicos e consequente poluição dos lençóis freáticos, as condições climatéricas semelhantes aos climas temporais e gradual desaparecimento dos climas temperados, as condições climatéricas tendencialmente mais agrestes e cada vez mais propícias à ocorrência de catástrofes, tais como as que assombraram quer Portugal, quer o Mundo, durante o ano de 2017.
Assim, urge continuar-se a impor regras aos demais países em termos de ambiente e sustentabilidade ambiental. É urgente respeitar-se o Protocolo de Quioto e o Acordo de Paris e evitar que mentalidades como a de Donald Trump se propaguem, uma vez que a minha, a nossa “Casa” está a sofrer cada vez mais com as alterações climáticas. Este é o momento da mudança. Let’s make “Home” great again!
Deixo este mote como convite para estarem presentes no CNAC (Congresso Nacional sobre Alterações Climáticas) que decorrerá entre os dias 19 e 21 de fevereiro na UTAD. «Only when the last tree has died and the last river been poisoned and the last fish been caught will we realize we cannot eat money» (Provérbio Indiano).
Nota: entenda-se por parasita o ser vivo que retira de outros organismos os recursos necessários à sua sobrevivência na medida em que prejudica a própria vida do hospedeiro.
Rui Loureiro