Realizou-se ontem, no Grande Auditório do Teatro de Vila Real, a apresentação das primeiras imagens da proposta de requalificação da Avenida Carvalho Araújo. Esta divulgação esteve integrada na conferência “Cidades em Portugal: passado, presente e futuro”.
A cerimónia iniciou-se com a apresentação de uma introdução ao tema central, feita por João Seixas (Consultor da URBACT- DG Regio and Urban). Esta regeu-se por 4 pontos fundamentais: A Urbanidade, hoje; A regeneração urbana; Espaços políticos para a regeneração urbana e Uma utopia dialética.
De seguida, o arquiteto Belém Lima procedeu à apresentação do projeto realizado para a Avenida Carvalho Araújo. “Este é um trabalho de engenheiros”, referiu.
Belém Lima acrescentou que “valorizar a avenida como um plano inclinado é um dos grandes objetivos”, afirmando: “toda a memória das cidades é feita pela sobreposição das tijoleiras”.
A filosofia em torno deste projeto é a de uma cidade com menos carros e com uma boa infraestrutura pedonal. E que, posteriormente, proporcione o aparecimento de um espaço público mais povoado e diversificado, caracterizado por elevados padrões de convívio, ambientes mais criativos e cidadãos mais empreendedores.
Como forma de atração da população à avenida, a mesma será dividida pelas quatro estações do ano. O atravessamento da avenida e o largo do pelourinho serão regidos pela primavera, o espaço entre os dois edificios monumentais pelo verão, entre o resto da avenida e os correios o outono e, por fim, em frente ao tribunal o inverno. O arquiteto refere o “utilitarismo simbólico: os espaços devem ser úteis para as pessoas”.
Relativamente ao trânsito, este será feito somente do lado do hospital, numa faixa com dois sentidos.
Foi realizada, ainda, uma mesa redonda onde se encontravam cinco profissionais entendidos nas áreas da arquitetura e reabilitação paisagística.
Esta apresentação foi apenas um primeiro momento de discussão promovido pelo Município. No decurso de várias sessões públicas será promovido o debates de ideias, uma vez que este projeto, pelo seu carácter transformador, irá suscitar diversas discussões.
Andreia Dias e Diana Vilas Boas
Fotografia: O Torgador (Daniela Barbosa)